Alergia em Foco Um guia para você viver sua vida como bem entender (e não como o mundo espera)


ago

22

2014

Um guia para você viver sua vida como bem entender (e não como o mundo espera)

A ideia de viajar pelo mundo é atrativa para várias pessoas. Em algum momento da vida, muitas delas pensam em juntar algum dinheiro, “largar tudo” e sair mochilando por aí, conhecendo culturas e formas diferentes de viver. Grande parte das vezes, no entanto, esse e tantos outros sonhos “não-convencionais” terminam guardados na gaveta frustrante dos desejos que nunca poderão se concretizar. Por quê? As responsabilidades, o trabalho, a obrigação de ter/ser isso ou aquilo acabam sufocando a ideia de que é possível ser diferente. Mas isso não aconteceu com Chris Guillebeau. Nos últimos dez anos, ele realizou o sonho de conhecer todos os países do mundo. Representando “a exceção”, assumiu o papel de inspirar outros a traçar caminhos fora dos padrões. É disso que trata o seu livro “A Arte da Não-Conformidade”.
A mensagem central do livro, publicado após o sucesso do blog homônimo (que você pode visitar clicando neste link), segundo o autor, é de que “você não precisa viver sua vida da forma que as pessoas esperam”. Para ele, isso significa que é possível fazer coisas boas por si mesmo e pelos outros ao mesmo tempo e essa não é uma escolha falsa. “Algumas pessoas podem lhe desencorajar ao longo do caminho, e você, seguramente, pode ignorá-las”, afirma. O blog, descrito como “um lar para pessoas não-convencionais realizando coisas notáveis”, trata principalmente de viagens, trabalho, empreendedorismo e lifestyle, de forma a batalhar contra crenças padrão, sempre com foco em alinhar objetivos pessoais com o bem coletivo. Mudar o mundo e ajudar outros alcançando a realização pessoal ao mesmo tempo. Esse é o lema.
Guillebeau nunca foi do tipo conformado. Teve empregos inusitados e, por exemplo, passou a vender produtos no site de vendas Ebay quando percebeu que poderia ganhar mais dessa forma do que trabalhando mais de 40 horas por semana como entregador. Pensar fora da caixa sempre foi sua característica. Em 2002, se juntou como voluntário à organização não-governamental Mercy Ships, uma entidade médica que o levou para o oeste do continente africano por quatro anos. Essa experiência é citada por ele como essencial para a direção que resolveu tomar em sua vida, especialmente o envolvimento com serviços comunitários, arrecadação de fundos e uma filosofia geral que pergunta “o que você pode fazer pelo mundo que mais ninguém pode?”. O autor decidiu trabalhar e juntar recursos para visitar todos os países do mundo, feito que concluiu em abril de 2013.
Sobre viver de forma leve, mas sem esquecer a seriedade quanto às contribuições para a sociedade, ele diz: “Eu tento aproveitar a vida, mas também quero trabalhar em prol de algo. Não acho que a maioria das pessoas querem simplesmente passar o dia sentadas na praia. Elas querem criar e explorar!”. Essa consciência social é um dos pilares da filosofia de vida do empreendedor. Os projetos com os quais se envolve têm sempre a dimensão do retorno coletivo e isso está presente em “A Arte da Não-Conformidade”, assim como no blog.
Pode-se pensar, sobre alguém que estimula a criatividade e leva uma vida fora do comum, que o planejamento e a praticidade não são prioridades. Tal pensamento não poderia ser mais equivocado quando se trata de Chris Guillebeau . “(…) Sem os objetivos não há um projeto real. Como você saberá que o projeto foi terminado? Através de que será determinado o seu sucesso e como será medido o progresso? Por isso é que eu gosto de ser o mais prático possível. Não é sobre sonhar, é sobre fazer”, esclarece.
Na visão do autor, portanto, sonhos não-convencionais precisam ser nutridos e transformados em planos concretos, possíveis. “Muitas pessoas têm grandes sonhos e ideias, mas elas geralmente não as transformam em prática. Eu gosto de identificar objetivos e alvos. Não quero apenas sonhar acordado – quero de fato cumprir aquilo a que aspiro”, completa. Tendo conhecido todos os países do mundo, é certo dizer que o planejamento focado em alvos claros foi essencial nesse sentido. Não era um projeto simples, comum ou fácil. Mas, tratado seriamente, e pautado em possibilidades reais, Guillebeau conheceu 193 países antes dos seus 35 anos de idade.
Diante disso, como investir em projetos e caminhos diferenciados, fora do lugar-comum? Objetivos claros, estímulo à criatividade, desprendimento quanto aos padrões, além da consciência de que é sempre possível pensar individual e coletivamente. E o mais importante: não há receitas prontas. “Há , quase sempre, mais de uma forma de alcançar uma realização”, conclui.
Fonte : Chris Guillebeau (Colaborou Simão Mairins) – Portal Administradores.com
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